INCLUSÃO ESCOLAR
O tema é: Inclusão Escolar
O tema é: Inclusão Escolar
O tema discutido é Inclusão Escolar e para entendermos melhor este tema tão presente em nossa sociedade vamos entrevistar algumas profissionais especializados na área, para entendermos um pouco mais sobre esta temática, iniciaremos com a fala da Professora Juliane Piovesan Mestre em Educação e atual coordenadora do curso de Pedagogia da URI- Campus de Frederico Westphalen.
FALA PEDAGOGO: Conceitue inclusão, e o que é preciso para que ela realmente aconteça.
JULIANE PIOVESAN: Conversar sobre inclusão é entender uma nova configuração no sistema regular de ensino, que deve assegurar a educação de qualidade para todas as crianças deficientes ou não, que todos tenham acesso e garantia de aprendizagem. Incluir é transformar o sistema de ensino, encontrando meios, formas de aprendizagem e convivência que tornem o processo de ensinar e aprender mais qualitativo e humano. É uma necessidade para transformar a nossa escola em um ambiente de mais conhecimento e interação e o nosso mundo em um lugar melhor para se viver.
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E, para que ela realmente aconteça é preciso em primeiro lugar uma mudança de olhar. O olhar perante o ser humano que não é o modelo exemplificado na mídia, que nos mostram como o ideal, mas o olhar da sensibilidade e da humanidade que precisamos desvendar. É necessário que haja uma conscientização de que somos humanos e diferentes e que essa diferença nos torna únicos e importantes.
Nas escolas é imprescindível a preparação do gestor, do docente, do discente, do funcionário da secretaria, da limpeza, do guarda... Enfim, de todos, mostrando que a inclusão é necessária e possível. Também uma mudança de infraestrutura, tornando a escola um local de acessibilidade.
E como diz Mantoan “Toda criança precisa da escola para aprender e não para marcar passo ou ser segregada em classes especiais e atendimentos à parte”.
É preciso também abrir espaço para a cooperação, o diálogo, a solidariedade, a criatividade e o espírito crítico, pois são habilidades mínimas para o exercício da verdadeira cidadania. O futuro da escola inclusiva está dependendo de uma expansão dos projetos verdadeiramente imbuídos do compromisso de transformar a escola, para se adequar aos novos tempos, de novos olhares, novas metodologias e novas aprendizagens.
FALA PEDAGOGO: De que forma este processo está acontecendo nas escolas regulares de ensino?
JULIANE PIOVESAN: A inclusão na prática de nossas escolas é um processo que ocorrerá paulatinamente. A crítica maior é que colocam na lei a obrigatoriedade e na prática a escola precisa ir em busca de soluções. A formação docente é algo que precisa ser muito debatido para que ocorra a verdadeira inclusão. Percebe-se nas escolas que a reflexão maior é a questão da formação: o que fazer com o aluno deficiente que faz parte de minha sala de aula? Vejo como pertinente essa preocupação por parte do professor, pois deve haver todo um processo de preparação, formação, debates, reflexões, diálogos entre a comunidade escolar e a família, realmente é uma transformação no ambiente escolar.
Hoje, algumas escolas possuem a sala de recursos, muitas crianças e adolescentes permanecem um turno em classe especial ou APAE e no outro turno em classe regular. Muitas experiências dão certo e há qualidade no processo, mas precisamos caminhar em busca dessa inovação. E como nos diz Mantoan, que se trata de uma tarefa possível de ser realizada, mas é impossível de se efetivar por meio dos modelos tradicionais de organização do sistema escolar. Por isso a necessidade de traçar novas metas e soluções. Não podemos esquecer que a escola é um lugar de diferenças e que essas permitem fazer a diferença.
Incluir não é fácil, mas não é impossível, precisamos saber respeitar e conviver com as diferenças, pois, só assim poderemos viver em uma sociedade melhor.
Fonte de pesquisa: Entrevista com a coordenadora do Curso de Pedagogia da URI- Campus de Frederico Westphalen.
Fonte de pesquisa: Entrevista com a coordenadora do Curso de Pedagogia da URI- Campus de Frederico Westphalen.
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A convidada desta vez foi a pedagoga formada pela URI – FW e especializada em Educação Especial Emanuele Barretta, que irá nos relatar de que forma este processo acontece e se realmente é possível que aconteça nas escolas de ensino regular.
EMANUELE BARRETA: A inclusão escolar no ensino regular somente será possível, junto com uma reestruturação, ou seja, é preciso um contexto que vise atitudes, ações e uma prática pedagógica voltada ao desenvolvimento e aprendizagem da criança com necessidade educacional especial.
Sempre falo que para acontecer esse processo inclusivo é preciso primeiramente acolher a criança, pois o acolhimento vai além de recebê-la e dela estar na escola. E no momento que você acolhe a criança, ela sente-se bem e começa a mostrar suas habilidades, potencialidades. Momento este que você precisa ter a sensibilidade para compreendê-la e buscar ousar em sua prática docente para propiciar estímulos enriquecedores ao seu desenvolvimento. Cabe lembrar, que é necessário o professor ter uma formação específica e permanente, uma diversidade de material pedagógico, a presença da família na escola e uma leitura compreensiva por parte da direção, coordenação, funcionários, professores, alunos e pais dos alunos.
Também ressalto, que dificilmente a inclusão no ensino regular acontecerá em uma turma com mais de quinze alunos e sem uma professora acompanhante ou monitora. Pois a criança especial requer a atenção do professor praticamente todo o tempo.
Fonte de pesquisa: Entrevista realizada com a egressa do Curso de Pedagogia da URI - Emanuele Barreta
Fonte de pesquisa: Entrevista realizada com a egressa do Curso de Pedagogia da URI - Emanuele Barreta
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Incluir é acolher a criança respeitando suas individualidades, é acreditar em suas potencialidades. Para que a inclusão realmente aconteça é necessário mudarmos nossa visão em relação a este tema que vem sendo discutido, analisado, e principalmente tomando espaço nas escolas de ensino regular.
Felizmente não é apenas nas escolas que a inclusão está ganhando espaço, nos diferentes segmentos da sociedade já existe um olhar voltado à inclusão. A exemplo disso, temos os personagens com deficiência que ganham espaço na literatura infantil e ajudam a combater preconceitos. O livro também pode ser um instrumento de inclusão social que favorece a formação de uma geração mais atenta à diferença e mais apta a lidar com ela.
Nos livros, os personagens relatam em um primeiro momento suas dificuldades e angustias o que os encoraja em um segundo momento a mudar esta situação encontrando o melhor jeito para fazer o que gostam e perceber o verdadeiro sentido da vida, aceitando sua diferença e mostrando suas potencialidades.
Agora, ficam algumas dicas de livros para os professores: Um dia especial para Laurinha, A flauta de Sótão, Um amigo diferente, e outros títulos da coleção Meu amigo Down, apresentam histórias que podem ser trabalhadas na Educação Infantil e Anos Iniciais, que despertarão o respeito às crianças portadoras de deficiências.
Fonte de pesquisa: HISTÓRIAS DIFERENTES. Revista Crescer. n. 123, fev/2004. p. 94.
Fonte de pesquisa: HISTÓRIAS DIFERENTES. Revista Crescer. n. 123, fev/2004. p. 94.
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Você sabe diferenciar Educação inclusiva de Educação escolar?
Existe uma grande diferença no sistema de ensino de cada uma. A Educação Inclusiva é um processo que necessita da participação de todos os estudantes da escola. Pode-se dizer que é uma reestruturação na cultura, na prática pedagógica e no olhar de cada sujeito do estabelecimento de ensino, a mesma possui o intuito de atender as necessidades educativas especiais, em uma escola regular de ensino, tendo como objetivo o crescimento e o desenvolvimento pessoal de cada um, promovendo o processo de ensino-aprendizagem a todos.
Prestem muita atenção! A Educação Inclusiva e a Educação Especial não podem ser
confundidas, a primeira diz respeito à inclusão da pessoa especial na rede regular de ensino,
a mesma até poderá freqüentar a classe especial em turno inverso, mas para que aconteça a
educação inclusiva, é necessário que a pessoa freqüente uma sala de aula de ensino regular,
com acompanhamento direcionado as suas necessidades.
Já a Educação Especial, corresponde a um sistema separado de educação de crianças com deficiências, fora do ensino regular, em classes especiais, salas de recursos, em pequenas unidades que destinam atendimento às pessoas especiais, que são algumas associações.
Especialistas afirmam que crianças com necessidades especiais deveriam freqüentar classes regulares de ensino e a educação especial, pois ambas contribuem para a formação do ser, no processo de ensino aprendizagem, bem como na socialização destes na sociedade.
Finalizamos mais uma temática, na certeza de que com o passar dos anos e com o aprofundamento de estudo que vem sendo realizado neste sentido, a educação inclusiva passará a fazer parte do cotidiano das escolas de forma saudável.
Fonte de pesquisa: Conhecimentos sobre o assunto, disciplina de Inclusão Pedagogia URI - FW .
Fonte de pesquisa: Conhecimentos sobre o assunto, disciplina de Inclusão Pedagogia URI - FW .